Ode à Ode

Liberta de

teias de aranha

que prendem os movimentos

dou um passo em frente

 

Quem Sou Eu?

Onde Estou?

não conheço este lugar

e parece que já nem me conheço a Mim

 

muitos pontos de interrogação

rodam à volta da minha cabeça

mas uma coisa é certa

Quero ser Poetisa

 

Poetisa das Ondas

Poetisa das Marés

Poetisa das Águas Profundas

que nos magoam sem sabermos

 

É A Poetisa

que vai ter a coragem

de descer

ao Submundo de Hades

 

não para O subjugar

mas para O conhecer

para conhecer as tormentas

e mares já antes navegados

 

A Poetisa sentar-se-á

no barco de Caronte

e deixar-se-á conduzir por Ele

pelos rios do Mundo de Hades

 

pensar-se-ia que a era

dos trocos tinha terminado

mas a Poetisa

terá que arranjar umas moedas

 

rezam as lendas e mitos

que quem não paga uma moeda

a Caronte pela viagem

terá de vagar pelas margens dos rios

por cem anos

 

Cristina, a Poetisa

tem muito Bons Genes

gostaria de viver a Sua Longevidade

Em Liberdade

 

cá vai disto,

já dão para umas quantas viagens

 

No Dia Mundial da Poesia (escrito no dia 21/03/2024)

Tornei-me Poetisa porque É O Desejo da Minha Alma

Junto com tudo O que

já Era antes.

(Conto de ficção)